Apesar dos avanços, atletas paralímpicos ainda enfrentam grandes desafios. Entre eles está o capacitismo, que é a discriminação contra pessoas com deficiência. O capacitismo pode aparecer de forma explícita, no uso de palavras e expressões em relação ao atleta, ou até mesmo de forma velada, no emprego de ideias ou barreiras que dificultam a vida deles.

Mesatenista Carla Maia, repórter da TV Brasil,
Divulgação/Arquivo pessoal 

Um exemplo são obstáculos na mobilidade das cidades olímpicas ou o uso de discursos ora de superação, apontando o atleta paralímpico como herói, ora de pena, tratando o esportista como coitadinho, e não um cidadão.

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“Quem lida com esporte, quem está dentro do esporte, hoje nem fala mais sobre superação. Fala em treinamento. Porque falar em superação hoje também é um tipo de capacitismo, porque isso aí já passou. O atleta paralímpico ele tem que ser encarado como um atleta que treina, que não se supera mais. Ele supera as marcas, e não mais a sua deficiência”.

A mesatenista e repórter da TV Brasil Carla Maia explica que até ela mesma já utilizou falas capacitistas, ao temer fazer determinadas jogadas contra adversários, consideradas por ela muito agressivas. A atleta ressalta que modificou a forma de pensar, mas infelizmente a sociedade ainda precisa avançar muito neste sentido.

“Eu vejo isso em quem não convive com o esporte paralímpico no dia a dia, como por exemplo torcida, jornalistas, empresas, possíveis patrocinadores, que acreditam que estão ali vendo pessoas com deficiência em reabilitação, sem ser realmente atletas de alto rendimento”.

Wagner Gomes acrescenta que a relação com o atleta com deficiência deve ser de cidadania e de igualdade.

“Quando ele sobe no pódio, o hino que toca é o mesmo hino nacional. A emoção que ele tem é a mesma de um atleta que não tem deficiência. O esforço no treinamento, no dia a dia dele é o mesmo, se você fizer uma coisa relacional. O grande problema é ter essa visão do relacional. É olhar para o lado da eficiência dessa pessoa, e não o lado da deficiência. É uma pessoa, que precisa ser respeitada enquanto pessoa, enquanto atleta”.

E Carla Maia convoca a todos a acompanharem as Paralimpíadas!

“Vamos nessa? Vamos torcer para o Brasil aí, gente. Paris 2024 é Brasil na cabeça. E eu convido vocês para torcerem para mim, me acompanhe nas minhas redes sociais, @oicarlinha, e bora, time Carlinha, rumo ao topo”.

Os Jogos Paralímpicos ocorrem até o dia 8 de setembro, em Paris, na França. Participam mais de 4 mil atletas de todo o mundo.

Esportes Rio de Janeiro Nadador Gabriel Araújo conquista 1º ouro do Brasil na Paralimpíada Phelipe Rodrigues conquista prata para o Brasil nos 50 metros livre 29/08/2024 – 18:09 Roberto Piza / Liliane Farias Carolina Pessôa – Repórter da Rádio Nacional Jogos Paralímpicos Paris 2024 Capacitismo quinta-feira, 29 Agosto, 2024 – 18:09 177:00

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